Andei pensando sobre o que é ser belo e quais as vantagens
práticas do impacto da beleza sobre a vida das pessoas. Para começar a beleza
deveria ser uma conquista, não uma característica genética ou algo que se
consiga com algum dinheiro. As pessoas deveriam embelezar com a maturidade,
desta forma saberíamos usar melhor a beleza e valoriza-la mais.
Comer melhor, dormir bem, viver sem estresse, sem álcool, tabaco,
drogas e o malicioso sódio nós só conseguimos quando já desperdiçamos parte do
viço que nos faz belos. Enquanto somos jovens não estamos nem ai para aquela
pele incrível, não damos a mínima para entender o nosso metabolismo e um dia
percebemos que até a mínima sombra da mais tênue beleza da juventude deixou de
nos acompanhar. O tempo e o descuido fazem dos espelhos nossos maiores inimigos.
Então porque mudar a alimentação, dormir mais, fazer yôga, malhar
desesperadamente e gastar uma fortuna em cremes se toda tentativa de segurar
aquele fiozinho que nos liga a clássica beleza divina vai arrebentar um dia?
Inexoravelmente um dia deixaremos de ser quem fomos aos 20, 30, 40 anos para
arrastarmos na memória e bem longe dos espelhos a saudade das glórias da
juventude.
A natureza da nossa evolução não nos contemplou com a igualdade porque a intenção era outra. Nos primórdios da nossa existência, antes dos gregos, da revolução industrial e da penicilina, a vida era muito mais difícil, o homem não vivia muito e tudo era motivo para morrer. Ainda que pensantes, éramos ignorantes e rudes. Disputávamos a comida para defendermos o nosso direito de viver e ainda tínhamos a obrigação instintiva de povoar a parte seca e firme da terra. A beleza foi um trunfo facilitador, o mesmo usado pelas aves em suas infinitas cores e cantos, pelas flores e qualquer ser vivo que precise de outro igual para perpetuar a espécie. A beleza tem origem matemática, já que a simetria dos corpos se encarrega de nos fazer entender que determinada pessoa é mais ou menos bonita e isto influência direta e objetivamente nas nossas escolhas.
A natureza da nossa evolução não nos contemplou com a igualdade porque a intenção era outra. Nos primórdios da nossa existência, antes dos gregos, da revolução industrial e da penicilina, a vida era muito mais difícil, o homem não vivia muito e tudo era motivo para morrer. Ainda que pensantes, éramos ignorantes e rudes. Disputávamos a comida para defendermos o nosso direito de viver e ainda tínhamos a obrigação instintiva de povoar a parte seca e firme da terra. A beleza foi um trunfo facilitador, o mesmo usado pelas aves em suas infinitas cores e cantos, pelas flores e qualquer ser vivo que precise de outro igual para perpetuar a espécie. A beleza tem origem matemática, já que a simetria dos corpos se encarrega de nos fazer entender que determinada pessoa é mais ou menos bonita e isto influência direta e objetivamente nas nossas escolhas.
Via de regra, a natureza não permitiu que seus mecanismos nos
embelezassem à medida que fossemos merecedores porque não existe um padrão de
beleza determinado por ela, tampouco pela existência de um espírito merecedor. Mas
matematicamente sim, já que a simetria é um fator comprovado para que haja
beleza e é uma determinação genética, portanto natural. Valorizar a estatura,
cor da pele, cabelo e outros pequenos detalhes foram determinantes culturais para
que grupos de nômades ao redor do mundo fiassem o que chamamos hoje de sociedade
moderna. Ora pela própria escolha, ora por não terem tido escolha.
Hoje em dia usamos a beleza para conquistar desde um bom
emprego (estudos afirmam que, atualmente, os mais altos cargos são ocupados por
homens e mulheres considerados belos) até status social, já que com o aumento
da expectativa de vida somos velhos por mais tempo e menos bonito por
consequência dos anos vividos, e exatamente por este motivo a beleza se tornou
moeda de troca em muitas sociedades onde as virtudes têm menos valor que a
aparência física.
Não nos consideremos menos merecedores por não sermos o belo
contemporâneo. Sejamos merecedores pelas nossas virtudes, pela importância que
damos a nossa saúde e pelas coisas maravilhosas que realizamos. A beleza é um
fio frágil nas mãos da gravidade e dos radicais livres e um dia acaba, mas as
conquistas de um coração virtuoso permanecem impregnadas na nossa carne e na
nossa história. Nosso legado é o que nos torna inesquecíveis e faz a vida valer
a pena. A beleza é só uma distração passageira.
Para quem a cultura negou beleza a natureza deu feromônios contra o frio.
L.P.
Mais uma vez parabéns!
ResponderExcluirFoi bom começar a semana lendo este texto.
Que bom se os espelhos mostrassem o interior de cada um;
ResponderExcluircom certeza seriamos muito mais felizes e cada um poderia se encantar pelo que cada um e' e nao pelo que se ve na frieza de um olhar;
Mais uma vez colocando pra pensar;
Fe