Para que você entenda porque este assunto pouco discutido merece reflexão vou citar alguns exemplos vividos bem recentemente onde seus protagonistas não gostaram do que receberam e tentaram justificar o “prêmio” com argumentos, digamos... incabíveis.
Na maternidade, a jovem e inexperiente
enfermeira passa no final do horário do jantar para retirar a mesa deixada
intacta pela parturiente. O marido, revoltado, se nega a deixar que a refeição
fria e possivelmente infectada deixe o quarto. Seu argumento contra o protocolo
do hospital é que mesmo duas horas depois de servida a refeição, sua mulher, em
trabalho de parto, não teve como comê-la. Respeitando este protocolo a enfermeira
retira o prato e deixa o marido profundamente irritado. Ele leva a reclamação à
direção do hospital e, como esperado, fica sem resposta.
Um homem, que é assumidamente
atrasado em todas as ocasiões, tem um acesso de raiva porque marcou um encontro
e foi deixado esperando por mais de quarenta minutos pela mulher. Quando ela
chegou, ele se sentiu no direito de se escandalizar com o fato e cobra-la,
rispidamente, pela falta. E o seu comportamento, sempre-atrasado, encarado com
tolerância pela mulher até então, passou a ser considerado desrespeitoso, grave
e intolerável. Era melhor ter ficado quieto.
Um grupo de jovens esportistas definiam seus encontros através de um chat para que assuntos pertinentes ao hobby fossem tratados e que todos fossem notificados e participassem dos encontros. Um deles aproveita a boa audiência e usa o canal para tratar de outros assuntos que divergiam do interesse do grupo e em consequência do mau uso é excluído. O jovem, que por razões óbvias não concordou com a atitude do grupo, sequer reconheceu seus excessos e se desculpou, preferiu se afastar vitimado.
Exemplos como estes deixam claro que muitos dos nossos aborrecimentos são respostas aos nossos comportamentos arbitrários aos pequenos protocolos que mantêm os microssistemas funcionando. Se queixar porque o segurança do banco não permitiu a entrada às 16h10; reclamar com o vendedor de uma loja de sapatos que a liquidação acabou da noite para o dia ou revoltar-se contra uma companhia aérea que cobra o dobro do valor do bilhete para trocar o nome do passageiro de um voo concorrido são provas que tentamos atropelar alguns serviços que foram pensados para funcionar em benefício de nós mesmos. Estes exemplos servem para nos ensinar que devemos ter atenção as nossas escolhas e que devemos concentrar os nossos interesses em atitudes que levam ao bom funcionamento destes sistemas, porque geralmente brigamos para ter direito a coisas que já nasceram cobertas de regras para que funcionem bem. Caso contrário, ainda não existiriam, o que seria um atraso muito maior.
Então fica a dica: Antes de reclamar de algo pense em quem de fato tem razão. Pense que a esfera social é bem maior que o seu problema pessoal. Saia de casa mais cedo. Aproveite para resolver os problemas na primeira vez que pensou neles e lembre-se, a porta do banco trava para a sua segurança.
Um grupo de jovens esportistas definiam seus encontros através de um chat para que assuntos pertinentes ao hobby fossem tratados e que todos fossem notificados e participassem dos encontros. Um deles aproveita a boa audiência e usa o canal para tratar de outros assuntos que divergiam do interesse do grupo e em consequência do mau uso é excluído. O jovem, que por razões óbvias não concordou com a atitude do grupo, sequer reconheceu seus excessos e se desculpou, preferiu se afastar vitimado.
Exemplos como estes deixam claro que muitos dos nossos aborrecimentos são respostas aos nossos comportamentos arbitrários aos pequenos protocolos que mantêm os microssistemas funcionando. Se queixar porque o segurança do banco não permitiu a entrada às 16h10; reclamar com o vendedor de uma loja de sapatos que a liquidação acabou da noite para o dia ou revoltar-se contra uma companhia aérea que cobra o dobro do valor do bilhete para trocar o nome do passageiro de um voo concorrido são provas que tentamos atropelar alguns serviços que foram pensados para funcionar em benefício de nós mesmos. Estes exemplos servem para nos ensinar que devemos ter atenção as nossas escolhas e que devemos concentrar os nossos interesses em atitudes que levam ao bom funcionamento destes sistemas, porque geralmente brigamos para ter direito a coisas que já nasceram cobertas de regras para que funcionem bem. Caso contrário, ainda não existiriam, o que seria um atraso muito maior.
Então fica a dica: Antes de reclamar de algo pense em quem de fato tem razão. Pense que a esfera social é bem maior que o seu problema pessoal. Saia de casa mais cedo. Aproveite para resolver os problemas na primeira vez que pensou neles e lembre-se, a porta do banco trava para a sua segurança.
Não conhecia esse seu talento, tu escreve muito bem... Pensador eu já sabia que você era mas, além de tudo, articulado... É... ; ]
ResponderExcluirValeu Fernando! É nisso que dá ficar pensando em maneiras de resolver os problemas onde o ser humano empaca! rsrs.
ExcluirÉ verdade. Viver feliz é simples, nós é que somos complicados.
ResponderExcluirEssa é a tão comum e lamentável inversão da ordem das coisas: primeiro toma-se a ação e, depois de sofrer as consequências, reflete-se sobre o assunto.
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