ROMA.
Uma das minhas maiores ambições é sem dúvida o conhecimento. Acredito que de tudo que nos possa ser tirado, o conhecimento é a única coisa que só se perde com a insanidade e a morte. Pobre ou rico tendo ou não onde se sentar, para contemplar o conhecimento basta apenas interesse no coração e tempo para se dedicar.Sou daquelas pessoas que demoram a acreditar no que os olhos vêem e que precisam tocar em tudo para terem certeza de que algo “É” realmente. Imaginem esta pessoa solta numa cidade em que cada coisa parece existir para te chocar. É um “parque de diversões” do conhecimento onde a presença do homem está marcada por milênios de existência cognitiva na mínima pedra que fazemos rolar ao subir a colina do Palatino Romano. É diferente de tudo que se pode ver e sentir porque a nossa percepção parece não estar adaptada para tanto tempo de história. Parece mentira. Cenário idealizado para atrair turistas curiosos.
Algumas vezes não fazia diferença se uma coluna ou muralha tivesse sido criada no século III a.C ou XI d.C. porque minha mente processa a informação de forma analógica. Ou seja, preciso que todo processo seja representado em escala do começo ao fim, como no velocímetro do carro. Talvez porque minha cultura e a forma como aprendi a “curta” história do Brasil funcione como uma escala. Cabral sai de Lisboa a caminho das Índias e no dia 22 de abril de 1500 descobre, sem querer, o Brasil. Depois disso, sai ouro, entra navio, rompe-se o tratado de Tordesilhas, chegam mais navios portugueses, holandeses, franceses, etc. Nasce um bebezinho lindo na França e dão a ele o nome de Napoleão Bonaparte. Depois de crescido, ele resolve conquistar a Europa e põe pra correr a família real portuguesa que entre China, África, Índia e Brasil, escolhe o último destino por ser mais perto ou simplesmente porque tinha que ser assim. É abolida a monarquia, entram os militares, depois os presidentes civis e agora somos a sexta economia com a Dilma na direção. Uma linha do tempo complexa, mas breve em seus 500 anos de história.
Depois que a Roma antiga havia passado (nem tanto porque toda hora se tropeça em algo) outra cidade se apresentava, a religiosa, ou Roma Cristiana como eles chamam. No Estado do Vaticano fui visitar a magnífica Basílica de São Pedro e seus tesouros. Fiquei muito tocado pelo fato de que foi provado que sob o altar da basílica está enterrado São Pedro, um dos doze apóstolos de Jesus e o primeiro Papa. Por esta razão, muitos Papas, começando pelos primeiros, têm sido enterrados neste local. Sempre existiu um templo dedicado a São Pedro em seu túmulo. Inicialmente era extremamente simples, mas com o passar do tempo os devotos foram aumentando o santuário, o que culminou na atual basílica. Embora a Basílica de São Pedro não seja a sede oficial do Papado, certamente é a igreja que mais conta com a participação do Papa. Uma vez que a maioria das cerimônias papais é realizada ali devido à sua dimensão, à proximidade com a residência do pontífice e à localização privilegiada no Vaticano.
1- Roma é muito cara. Programe sua estada com toda cautela para não desperdiçar seus Euros. Vale a pena passar nos mercados e abastecer o quarto com sucos, iogurtes, pães e outras delicias que você só encontra na Europa;
2- Não compre o Roma Pass, ticket que te dá direito a entrada nos museus, Forum Romano, Vaticano e etc. Custa €90,00 e te aprisona por 3 dias. Crie um roteiro de acordo com seus interesses, assim ficará mais satisfeito;
3- Se você não fala italiano, fale pelo menos inglês. Mas se não falar nenhum dos dois vá assim mesmo;
4- Prefira fazer todo percurso na cidade a pé, o transito é louco e os pontos turísticos não são distantes um do outro;
5- A cidade é muito mal sinalizada, leve seu guia de Roma em português para garantir.
6- A noite em Roma é parada. Não vá pensando em grandes emoções, baladas e afins porque a frustração é certa;
7- O Coliseu e a Fontana de Trevi devem ser vistos durante o dia e também a noite. São dois momentos que fazem a diferença no olhar;
8- Compre só a primeira garrafa de água e depois reabasteça pela cidade. Existem mil fontes de água potável, uma em cada esquina.
Aproveite!
L.P.
Impressionante! Ao ler seu texto me senti revivendo cada momento que la vivi! Vc é d+
ResponderExcluirEnvolvido, é assim que eu me sinto depois de ler esse belo texto e essas imagens. Você soube, como ninguém, descrever o quão emocionante é visitar esses locais e, mais ainda, deixar naqueles que lêem uma vontade imensa de visitar tais locais. Parabéns!!!
ResponderExcluir